Sonha que as vezes acontece.

Domingo, 21 de novembro de 2021.

As vezes, quando se quer muito, ou só quer, mas com sinceridade, o universo conspira a seu favor.

Desde que comecei essa caminhada, digo, navegada, pensei alto, um projeto de atravessar o oceano. Claro que sonhar é baratinho e a realidade te chicoteia para o seu devido lugar "e la nave vá" como diria Frederico Fellini. 

Hoje velejei umas 4 horas, só alegria, satisfação e a autoestima indo dar um abraço de saudade no Paulo Gustavo, nas alturas. 

Preparei o barco, sai do cais, rodei a lagoa duas vezes e retornei sem a ajuda do meu alter ego Marcelo. Ao chegar, encostei o barco no cais e estava quase para me dar nota mil pela performance, imagina o que aconteceu? Esqueci o nó de amarra "volta do fiel" sentei, tentei algumas vezes e já enroscado ouvi a orientação: esqueceu? Laís de guia resolve tudo. Deu o nó e fomos beber algo para tirar o nó que ainda estava na minha garganta.

Conversa vai, conversa vem, escuto algo que me deixou desnorteado e sem bússola. Explico, o mestre falou: tem um aluno meu que vai levar um barco para o nordeste e precisa de tripulação. Se não for brincadeira, até minha mania de vomitar no mar vai passar. Só o convite já fez meu dia, agora, se acontecer, meu amigo, o universo sou eu.

Domingo melhor não poderia ter. O veleiro é minha motocicleta guardando as devidas proporções e se as coisas continuarem assim, começo acreditar que a viagem dos sonhos vai se tornar só viagem, melhor, a viagem.

Bom dia.