domingo, 3 de setembro de 2017

De bicicleta também se vai.

Setembro chegou e com ele me descobri envolvido com um grupo de Bike. Pedaladas aqui e ali, alguns quilômetros transpirados, principalmente dentro do mato, me encantaram. Trilhas sinuosas, natureza exuberante, momentos únicos, brindados com cachoeiras, lagos, enfim, fauna e flora para agradar qualquer um que gosta de se movimentar sobre duas rodas.



Após conversas com amigos sobre tipos de bicicletas e descobrir que existe uma planejada para percorrer circuitos entre cidades refleti sobre a possibilidade de viajar de bicicleta.

Na minha cabeça, trechos de 500 km que faria em três quartos de dia na velocidade passeio com a F800gs Adventure, a bicicleta levaria pelo menos quatro dias para percorrer o mesmo trajeto. Comparar 22.000 km de uma viagem do Uruguai à Venezuela durante 43 dias  com uma pedalada do Rio de Janeiro até o Espírito Santo me parece um contra-senso.

Conflito posto, a questão gira em torno da exclusão do prazer de andar de motocicleta, hábito que me acompanha desde a adolescência pelo brinquedo novo. Lembrei-me, então, da época que escalava ou caminhava em um tempo e distância menor  que a pedalada e com um esforço hercúleo. Percebi que a dinâmica das atividades (motocicleta/bicicleta) se diferenciam na geografia, técnica e raciocínio de como agir. A variável que não se altera é a vontade. Traçar o desafio e superá-lo é a questão central, tanto faz se for nadar de um lado ao outro das margens do rio Amazonas ou tocar piano submerso em uma piscina. A vontade de realizar  não exclui a paixão pelas motocicletas.

Minha moto, pacientemente, aguarda a viagem que planejei ao sul do país: a serra do Rio do rastro, interior do Rio Grande do Sul, Foz do iguaçu, Acre, talvez uma travessia de fronteira no Peru, planalto central, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e o que me deixa feliz é que onde muitos procuram uma atividade prazerosa eu tenho duas que não se excluem.


Desafio, para que te quero?  Engraçado isso: vontade de brincar com os limites. sair da área de conforto, crescer, processo de introspecção refinada, praxis  (transformação material da realidade - interação entre o homem e a natureza onde ela passa a ter significado a partir da sua conduta). Não sei. O que sei é que é divertido e me faz bem, mesmo navegando em mares de ansiedade, medo, insegurança, curiosidade e críticas dos que não acreditam na verdade dos loucos.

Vencendo as dificuldades psicológicas, técnicas e financeiras, preparo-me para o imponderável momento em que o instinto me dirá....Go Ahead...gehen Sie geradeaus.



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